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Bem Vindo!

"Todas as tentativas de tornar as coisas compreensíveis se fazem por meio de teorias, mitologias e mentiras."
(H. Hesse).

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Rio de Janeiro

           
              Nunca dantes nesse país (não resisti a citar o nosso grande timoneiro), a máxima de que “as colunas foram construídas separadamente, mas juntas, sustentam a catedral”, faz-se mas certo. Estarrecidos vemos na TV ao noticiário de hoje. Ônibus e carros incendiados, ameaça de bomba, traficantes encurralados em morro, trocam tiros com policiais, helicópteros bordejam favelas e são atingidos, a eminência do caos .
            Esquecemos o principal. Nunca antes, foi facultada aos cariocas, a possibilidade de realmente influir em nosso destino.
            As velhas comadres que resfolegam, quando estão na fila do supermercado, reclamando das falhas dos policiais demonstradas, no jornal ou televisão, acabaram. As falhas se houveram, agora são nossas. Os comentários desairosos a corrupta e falha polícia, devem ser deixados de lado, As ações necessárias, serão as de ajuda. Consideremos por um momento o que ocorre. A pressão sobre os homens que servem na corporação policial, nunca foram tão grandes. Estão todos na rua. Corruptos e honestos, praças e treinandos, os que trabalham internos e os recém promovidos.
            Não existe por enquanto cortina, o que oculta.  Os policiais estão ombreados, tem que mostrar serviço. O colega ao lado, necessita do companheiro. Há uma “guerra” no ar. Como sempre existiu, mas antes, bastávamos cobrar ao policial, que não imolou sua existência nela. Não agora, não de novo.
            Espera-se que cada um cumpra o seu dever. E será com a tecnologia, com o senso comum, com planejamento e estratégia, que tal será ensejado. Temos telefones ao nosso alcance, linhas diretas com o preceito legal. Não nos afastemos disso.
            Habitamos de há muito, a dois mundos. E desses mundos escolhemos diariamente onde queremos estar. Se votamos, habitamos ao circunspecto estado da razão, fundada pelos franceses e ingleses, amparados no ombro de Gregos e Romanos, se multados formos, na esquina, no sinal, transmutamos, trocamos a dimensão do existir, corrompemos então ao guarda, habitamos uma sorumbática Biafra dos sentidos, afinal, o que são cinquenta reais? Se estamos na frente da fila, tudo bem que aquele colega se avizinhe, sempre poderemos afirmar, que guardávamos o lugar, E vai da valsa, jogamos papéis no chão, pois damos emprego a alguém afinal! Mudemos isso.Importemo-nos!
            Sobrecarreguemos as linhas telefônicas aos 190, disque denúncia, delegacias de bairro etc. O Rio sempre foi o do contra, sempre estivemos à esquerda do pensamento da nação como um todo. Pois bem, ensinemos outra vez ao Brasil, como pensar no novo, que se avizinha e agora foi ameaçado. Deixemos que o novo entre. Estamos a um paço do futuro. Que se mude a legislação. A lei necessita de agilidade, quebra das regalias a presos, julgamentos sumários, desde que comprovada à ameaça, presídios realmente inexpugnáveis, menor contato humano dos presos, com carcereiros, menos visitas, acompanhamento de visitas advocatícias, redução e ligação delas aos processos. Sem mudanças, sem visitas.
            Relembremos Voltaire, “Ser livre, é não estar sujeito a coisa alguma, exceto as leis.”

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