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Bem Vindo!

"Todas as tentativas de tornar as coisas compreensíveis se fazem por meio de teorias, mitologias e mentiras."
(H. Hesse).

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Medo

Medo. O terrível e algumas vezes risível medo.  Por sentir medo, criamos Deuses, matamos, morremos, entregamo-nos ao impensável.
Atravessamos agora a mais um dos testes, que a todo o ser humano  é dado viver, decidir e aprender, por que não?
A greve de policiais da Bahia obrigou-nos a vivenciar o que seria comum a qualquer classe profissional do mundo, o justo reclamo de melhores salários.
O que pode não assustar, mas surpreender, é a facilidade com que pessoas abordam a possibilidade de tal greve chegar ao Rio, por meio das redes sociais, fazendo coro, a maneira desses  negociadores criarem o medo.
Observem a história. O Rio, nunca dependeu do poder público para suas festas, antes, sempre o excretou para fora de suas áreas de atuação.
Alardeando suas bravatas, depois do que nos foi dado conhecer hoje pelos jornais, entende-se que há pessoas que conclamam não ao povo para defender suas reivindicações, mas aos bandidos ocultos em suas locandas, para ajudá-los, fomentando o medo diverso. Qual a novidade disso?
O povo tem que ser capaz de defender-se sozinho. Ao povo cabe a hombridade de saber-se livre, e capaz de defender a essa liberdade.
As pessoas assustadas tremem na Internet, pelo medo de seu carnaval perdido. Tecem comentários acerca de bandidos, descendo morros com AR15 nas mãos, e daí? O Rio é do povo. O morro é do povo. Quem experimentou a liberdade, brigará para não perdê-la.
Somente a nós, cabe esse desafio. Enfrentamos o medo, agora que sabemos que ele está sendo orquestrado, vamos à rua, sambemos.
Os modernos constroem em solo baixo, mais sólido, não o do medo, mas o do que amparará o futuro. De nada servem mensagens em tempo real, falas e imagens instantâneas, se não sabemos evitar o medo. “As leis são sebes feitas não para deter aos viajantes, mas para conservá-los no caminho”. Não saiamos do nosso.
A verdadeira fonte da incerteza está na intenção dos outros, sabemos delas agora, não tenhamos medo.